24 de janeiro de 2011

Agentes comunitários recebem capacitação sobre anemia falciforme

 

 

Doença falciforme é tema de capacitação no CRIA, nesta segunda (24). O evento, realizado pela Área Técnica da Promoção da Saúde, é direcionado a 160 agentes comunitários que atuam nas áreas rural e urbana do município. Segundo a assistente social, Isa Castro, o principal objetivo da capacitação é facilitar a identificação precoce da doença, pois o maior índice de mortalidade de pacientes com anemia falciforme acontece até os cinco anos de idade.

De acordo com a coordenadora da Área Técnica da Promoção da Saúde, Fátima Ramalho, a Secretaria Municipal de Saúde está mobilizada em identificar os pacientes de forma mais ágil possível, para evitar óbitos causados pela anemia falciforme. “A primeira etapa da capacitação dos profissionais da área da saúde iniciou em novembro e foi realizada pela Área Técnica da Saúde da Criança. Enfermeiros e médicos foram informados sobre a importância da identificação precoce e tratamento da anemia falciforme”, informou Fátima Ramalho.

A coordenadora da 2ª etapa de capacitação sobre anemia falciforme, Isa Castro, destacou que o município está desenvolvendo o Programa Municipal de Atenção Integral à Saúde da População Negra e neste processo a capacitação dos agentes de saúde, através da parceria com o HEMOAR é de fundamental importância pois a maior incidência da doença ocorre junto a população negra. Isa, também ressaltou que a anemia falciforme também pode ocorrer, em menor incidência, entre a população branca e parda, por isso os profissionais devem estar atentos para os principais sintomas da doença.

Em Arapiraca no primeiro semestre de 2010 foram identificadas 42 crianças com traço da doença e pacientes com a anemia falciforme foram identificados nos bairros da Primavera, Carrasco, Manoel Teles e Vila São Francisco. A Hematologista do HEMOAR, Drª Sandra Helena Oliveira, destacou que em Alagoas há dois anos o exame para identificação da anemia falciforme foi incluso no teste do pézinho e neste período 40 casos da doença e mais de 300 casos de traço da anemia falciforme foram registrados em todo o Estado.

A hematologista também explicou que a principal característica da anemia falciforme é a mutação das hemácias que ao assumir a forma de “meia lua” ou “foice” dificultam a oxigenação do sangue pelo corpo causando fortes dores ósseas, dores na barriga e infecções repetidas que podem levar à morte. A doença identificada precocemente pode ser tratada e o paciente orientado para ter uma melhor qualidade de vida, já que a doença não tem cura, mas pode ser controlada.

 

 

 

 

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