Professora de Arapiraca apresenta projeto no Ministério da Saúde

A professora Ednalva Pinheiro, da Escola Municipal Benjamin Felisberto, localizada na comunidade rural de Gruta d’Água, em Arapiraca, participou, entre os dias 30 de junho e 5 de julho, em Brasília, no Distrito Federal, da apresentação de projetos inovadores para melhorar a saúde pública no País.

O encontro contou com a participação de representantes de vários Estados e ocorreu no auditório do Parque da Cidade,  por meio de organização da Secretaria de Gestão Participativa do Ministério da Saúde.

Ednalva Pinheiro foi convidada pelo organizadores do evento, em razão da iniciativa pioneira e pelos prêmios recebidos em todo o Brasil pela educadora de Arapiraca.

O projeto intitulado "Saúde que vem da terra" está sendo adotado na Escola de Ensino Fundamental Benjamin Felisberto.

Edinalva Pinheiro mobiliza professores, alunos e moradores da comunidades para resgatar a tradição popular, com a utilização de técnicas para o plantio de ervas medicinais e a fabricação de remédios caseiros.

A iniciativa está revolucionando o aprendizado de centenas de alunos, que também participaram da criação da primeira Farmácia Comunitária de Alagoas, em parceria com a Codevasf e Secretarias Municipal de Educação, Agricultura e Saúde.

O projeto contribui com o processo de alfabetização das crianças, que apreendem os conceitos de matemática ao medir o canteiro de ciências, com a explicação dos processos de desenvolvimento das plantas, de história resgatando a cultura milenar das plantas medicinais.

Além disso, a farmácia comunitária proporciona aos jovens a oportunidade de qualificação profissional. Edinalva Pinheiro afirma que o gerenciamento da farmácia e a manipulação dos medicamentos está sendo feita com a supervisão e apoio do sanitarista Saulo Sales.

O empreendimento conta com a produção de cerca de 20 remédios fitoterápicos, incluindo xaropes, pomadas, geléias, balas, tônicos, sabonetes, tinturas produzidos com a manipulação das ervas medicinais.

Por conta disso, a Secretaria de Gestão Participativa quer publicar um livro e implantar o projeto na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), como alternativa para prevenir doenças que afligem os moradores das comunidades rurais no Brasil.