8 de setembro de 2008

Professora homenageia César Fontes

“Fui à floresta por que queria viver deliberadamente, queria viver profundamente e sugar toda a essência da vida. Deixar apodrecer tudo o que não é vida E NÃO, quando eu morrer, descobrir que não vivi.”
(Filme: Sociedade dos Poetas Mortos)
 
 
De quantas VOZES devemos valer-nos para o nome Mário César Fontes seja citado? E de quais vozes? Devemos falar daquela que está mediada pela recente separação causada por sua morte? Ou da voz que ecoa forte no coração de seus familiares apontando para o enorme carinho plantado e regado por ele no seio familiar? Quem sabe da voz que diz aos seus inúmeros amigos que é preciso ter CORAGEM para poder fazer história? Ou a voz que grita aos seus companheiros que AINDA e SEMPRE é tempo de LUTAR? Talvez falar da VOZ do colega professor que não só dominava e sabia expor conteúdos, como partilhava saberes e construía conhecimento? 
 
São inúmeras as VOZES que gritam e fazem ecoar o total cumprimento de sua missão aqui na terra. Mas agora prefiro falar da voz que primeiro ecoou aos meus ouvidos enquanto aluna da então, FUNESA, agora, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL. Uma voz que suave e fortemente gritava:
“Carpe Diem, garotos, aproveitem o dia, façam com que suas vidas sejam extraordinárias”.
Ora, qual aluno ou aluna do professor “Mário César Fontes” não assistiu ao célebre SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS e sentiu viva dentro de si uma enorme vontade de crescer, conhecer e (re)escrever sua própria história?
 
Quem, enquanto aluno ou aluna não saiu das discussões acaloradas de suas aulas com um desejo imenso de embrenhar-se na floresta e arriscar seus sonhos, mesmo que para isso tivesse que enfrentar seus maiores temores, até mesmo o de não mais ser aceito(a) no meio em que vivia? Afinal, como se falava naquele filme: “temos uma necessidade enorme de sermos aceitos”, mas para isso precisamos acreditar que nossas crenças são únicas, só nossas, mesmo que os outros as achem impopulares. .. mesmo que a galera fale: Isso é r – u – i –m”.
 
De todas as lições por ele ensinadas, considero esta como um bem maior, a de que não somos meros personagens de histórias a serem contadas abaixo do céu. SOMOS PROTAGONISTAS de nossa trajetória. Talvez por isso ele se considerasse como um tal “besouro” que, a priori, não foi feito para o vôo, mas que contrariando todas as leis da natureza, conseguiu voar.
 
E, ele, voou alto! Escolheu das duas “estradas” que levavam à floresta, a menos movimentada. E isso fez toda a DIFERENÇA. Porque não limitou sua vida apenas a seguir as trilhas deixadas por outrem. Ele próprio abriu caminhos para todos os que desejam que “apodreçam” tudo o que não é vida e vivam dela, a ESSÊNCIA. Vivam portanto, a plenitude do amor solidário. O respeito pelo outro. A grandeza de criar saídas, mesmo nos locais onde foram construídas muralhas enormes.
 
Nosso OBRIGADO(A) aos que trouxeram César Fontes ao mundo! Nosso RESPEITO aos que conviveram com ele. Nossos PARABÉNS a todos os que com ele APRENDERAM!
 
Volte à floresta, César! Pois é hora de viver verdadeiramente. Quanto aos que ficam:
 
CARPE DIEM!
 
(Profa. Jane Cleide dos Santos Bezerra – Uneal)
 
 
 
 
 

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