9 de maio de 2018

Visitadoras de programa social ensinam crianças arapiraquenses a aprender brincando

No Conjunto Residencial Frei Damião, no bairro Canafístula, em Arapiraca, a gente encontra a família de Vitória, uma jovem de 21 anos, casada e mãe de dois filhos. Vitor Daniel, de 2 anos e 3 meses, é o mais novo. Ele está inserido no território 2 do Criança Feliz, programa custeado pelo Governo Federal e desenvolvido pela prefeitura através da Secretaria de Assistência Social e Políticas para a Mulher, que tem o objetivo de promover o desenvolvimento integral na primeira infância a fim de reduzir as desigualdades que crescem junto com as crianças socialmente vulneráveis. 

Quem acompanha as visitas de Vítor é a estudante de pedagogia Mônica Barbosa Leite, que relatou que a criança era muito tímida, falava pouco, não brincava e ficava se escondendo na mãe no início das visitações. Hoje, ele não só brinca, como prefere os jogos educativos a televisão. Sim, educativos porque no Criança Feliz brincadeiras significam aprendizado, e foi através delas que Vítor se tornou uma criança curiosa e sabida. 

Entre inúmeros pontos positivos, os jogos educativos apresentados pela visitadora – além de estimular a concentração e os sentidos; desenvolver as articulações, como os músculos da mão; e despertar a curiosidade – são acessíveis, financeiramente falando. “Nós produzimos os brinquedos de acordo com o manual que recebemos do Ministério e entre as orientações, está a de que devemos utilizar material reciclável e que a família tenha em casa”, explicou a estudante.

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A visitadora apresenta a caixa sensorial ao Vitor.

A psicopedagoga e supervisora do território 2, Siomora Maria Félix, completou dizendo que uma mãe não precisa ter um alto poder aquisitivo para dar uma boa educação para seu filho. Siomara falou, inclusive, que as crianças logo perdem o interesse por brinquedos comprados. “E quanto mais se compra, mais rápido elas enjoam”, ressaltou.

Mônica explicou que na caixa sensorial, por exemplo, ela coloca objetos do dia a dia e a criança usa o tato para perceber a textura e as variadas formas. Vitória, que é uma mãe paciente e carinhosa, presta atenção em tudo e afirma estar orgulhosa do filho: “ele já sabe as cores e até rabisca”. O trabalho é vagaroso, mas ela garante que prefere assim. “Eu não quero que meus filhos aprendam coisas erradas, por isso tenho calma para ensinar as certas, que eles custam mais a aprender mas garantem seu desenvolvimento [físico, cognitivo e motor]”.

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Visitadora, supervisora e mãe acompanham a criança realizar a atividade.

O momento entre visitadora, mãe e filho é tão bom, que ao ver Mônica saindo Vítor logo pergunta quando é que ela volta. Os laços afetivos são visíveis e fazem um bem danado para todos eles.