22 de julho de 2019

Alunos aprendem a produzir armadilhas e repelente natural contra o Aedes aegypti

O trabalho de combate à dengue desenvolvido pela Prefeitura de Arapiraca segue nas zonas urbanas e rural do Município. E  ganha reforço com a participação de alunos da Rede Municipal de Ensino, que aprendem, na escola, a produzir repelentes naturais e armadilhas para o mosquito Aedes aegypti.

As estratégias ensinadas em sala de aula somam às diversas ações  adotadas pelo Município, através da Secretaria de Saúde, em parceria com outras pastas,  a exemplo da Educação, que atua com a participação de professores e alunos, importantes agentes multiplicadores das informações que ajudam no combate ao mosquito.

Além de aprender sobre como evitar a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela, a partir dos cuidados com a própria casa, os alunos levam para suas famílias e vizinhos o conhecimento adquirido em sala de aula.

Na Escola de Ensino Fundamental Benjamin Felisberto da Silva, na Vila Gruta D’Água, Zona Rural de Arapiraca, entre as técnicas, a construção de armadilhas para o mosquito, a partir de material reciclável, as garrafas pet, e a produção de repelente natural, à base de cravo da índia e óleo mineral.

 “Nos dias da oficina para ensinar a fazer as armadilhas, os alunos trazem de casa as garrafas pet. A partir da construção coletiva, o que é produzido é distribuído entre eles, que levam o produto para casa e também entregam aos seus vizinhos. A mesma coisa acontece com a fabricação do repelente, que utiliza materiais baratos e acessíveis”, destacou Ednalva Pinheiro, diretora da escola.

Outro repelente natural ensinado é a citronela. “A citronela, que às vezes  é confundida com o capim Santo, também pode ser utilizada para repelir os mosquitos. Os alunos aprendem que as suas folhas passadas no liquidificador e colocadas nos cantos da casa, através da pulverização, funciona com repelente. E que uma touceira adulta plantada protege  toda a casa”, explicou a diretora.

Para Glifson Magalhães, secretário Municipal de Saúde, o envolvimento das crianças dentro das estratégias do município no combate ao Aedes aegypti é de extrema importância. 

“Sensibilizar a população para a sua participação nessa tarefa de vencer o mosquito tem sido nosso principal desafio. E atividades como essa, desenvolvida com os estudantes, ajudam em nosso propósito de conscientizar sobre a responsabilidade, que  é de todos nós, administração municipal e população”, completou.

Armadilha

A armadilha caseira, que  é de baixo custo, é uma esperança para diminuir a população do mosquito Aedes Aegypti. A matéria prima principal é a garrafa pet e a sua lógica se assemelha a de uma ratoeira. A fêmea do Aedes é atraída para ela, graças ao alimento colocado dentro da água. Ali mesmo, ela deposita os ovos, que após virarem mosquitos não terão como sair, já que a armadilha é vedada por tela, e acabam morrendo dentro da garrafa.

Repelente

O repelente caseiro ensinado para os alunos é à base de cravo da índia e óleo mineral. As propriedades inseticidas utilizadas afastam os mosquitos e também moscas e formigas.

Ingredientes

  • 500 ml de álcool de cereais;
  • 10 g de cravo da índia;
  • 100 ml de óleo mineral ou de de amêndoas.

Modo de preparo

Colocar o álcool e o cravo da índia num frasco escuro com tampa, ao abrigo da luz, por 4 dias. Mexer a mistura 2 vezes ao dia, de manhã e à noite. Coar e juntar o óleo corporal, agitando ligeiramente e colocar o repelente num recipiente com spray.

Como usar o repelente caseiro

Pulverizar o repelente caseiro em toda região do corpo exposta ao mosquito, como braços, rosto e pernas. A orientação é reaplicar o produto várias vezes ao dia e sempre que se praticar esporte, suar, ou se molhar. O tempo de duração máximo do repelente na pele é de 3 horas e, por isso, após este período ele deve ser reaplicado em toda a pele sujeita a picadas. Outra orientação importante é pulverizar este repelente também por cima das roupas porque o ferrão do mosquito pode atravessar tecidos muito finos, chegando a pele.
(Fotos: Arquivo Ascom)

Autor: Ana Maria Cavalcante

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