ARAPIRACA: A TERRA DA PROSPERIDADE

Cidade polo regional, Arapiraca é considerada a de maior crescimento, desenvolvimento e importância do interior alagoano

plantação de fumo

Arapiraca, desde o período da sua emancipação, em 1924, tornou-se conhecida como a “terra da prosperidade”. O título faz referência ao seu desenvolvimento econômico e social, através da produção agrícola. Sendo ela, baseada na agricultura do tipo familiar.

Ao longo dos seus 94 anos de história, o município passou por alterações  significativas nas atividades agrícolas predominantes, atravessando por processos com alternâncias do auge ao declínio, com substituição de culturas e, consequentemente, obrigando o município a ampliar ou adotar novas alternativas de fortalecimento da economia.

Historicamente, a estrutura fundiária arapiraquense é baseada em pequenas propriedades. Inicialmente, com destaque para a produção da mandioca, seguida pela cultura do fumo.

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Plantação de fumo em terras arapiraquenses

A fumicultura foi responsável pela consolidação de Arapiraca, em meados da década de 1980, como cidade polo regional, sendo considerada a de maior crescimento, desenvolvimento e importância do interior alagoano, fato intimamente relacionado ao grande potencial econômico da cultura fumageira.

Já na década de 90, com a crise acentuada na cadeia produtiva do fumo, o município é impulsionado a buscar outros meios capazes de suprir os efeitos da decadência dessa monocultura. Assim, nasce um novo polo, dessa vez, com base na produção das hortaliças.

Plantação de Hortaliças do Cinturão Verde

E com o objetivo de incentivar a diversificação de culturas no município, Arapiraca desenvolveu o projeto “Cinturão Verde”, implantado em 2003. Daquele ano até os dias de hoje, o setor avançou. E o negócio, apesar de já estabelecido, ainda é visto como promissor.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, o polo de produção de plantio irrigado de hortaliças abastece o mercado alagoano e o de mais cinco estados nordestinos, chegando a movimentar  valor superior a 50 milhões de reais por ano. Com destaque para a exportação de mudas de hortaliças.

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Estufa de mudas de hortaliças, da comunidade Batingas

Ainda de acordo com a secretaria de Desenvolvimento Rural, os milhões citados correspondem a produção de hortaliças de aproximadamente 180 principais produtores rurais de Arapiraca.

A área de plantio está distribuída em comunidades rurais do município. Entre elas estão: Alazão, Bálsamo, Taquara, Pau d´Árco, Laranjal, Bananeira, Cangandu, Pé Leve, Varginha, Gruta D’Água, Taboquinha , Batingas e Flexeiras.

Dados recentes, coletados pela Administração Municipal, revelam que Arapiraca possui 4,5 mil propriedades rurais. O que representa um média de 8 hectares por unidade. Dessa forma, Arapiraca possui reforma agrária natural. O município é constituído de pequenas propriedades rurais, latifúndios.

  • – Hortaliças – com aproximadamente 180 produtores, atuando numa área de 250 hectares, apresentam, anualmente, faturamento bruto acima dos 50 milhões.
  • – Fumo – com aproximadamente 2.500 hectares sendo explorados por essa cultura, os produtores alcançam um faturamento bruto de 37 milhões, anualmente.
  • – Mandioca – são 5.500 hectares destinados ao plantio, cujo ciclo produtivo dura 2 anos.  A média de produção é de 30 mil toneladas, anualmente. Com faturamento bruto de 15 milhões por ano.
  • – Fruticultura – dentro desse segmento, destaca-se o cultivo do abacaxi, onde há, no município, uma área de 150 hectares destinados a essa cultura. O faturamento bruto gerado é de  3 milhões e 700 mil reais.

Entre outras atividades agropecuárias que também exercem importante papel no setor, a cultura do amendoim; a atividade bovina, que em Arapiraca tem rebanho aproximado de 20 mil animais; e o plantio de milho para a silagem.

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Agricultor familiar assistido pelo Programa de Aquisição de Alimentos

Os agricultores familiares de Arapiraca, tradicionalmente, são organizados em cooperativas e associações. E participam de políticas públicas agrícolas que favorecem a permanência e ampliação da atividade, a exemplo da Feira da Agricultura Familiar e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

O município, através de uma equipe de assistência técnica e extensão rural da Secretaria da Agricultura, interage, principalmente, com esse público, no sentido de fortalecer os agricultores familiares através da transparência de tecnologias e do apoio com implementos e máquinas agrícolas. Desde o preparo do solo, com a otimização do plantio, a ações de promoção da comercialização dos produtos.

A cada novo cenário, na alternância de uma cultura para outra, o município buscou alternativas para ganhar fôlego e ser capaz de promover o seu desenvolvimento econômico e social, com destaque para o meio rural e com enfoque na agricultura familiar.