30 de novembro de 2018

Terra de Manoel André acolhe histórias de recomeços e oportunidades

Desde a sua Emancipação Política, há 94 anos, Arapiraca é considerada terra acolhedora e das oportunidades

concaedral

Quando chegou por aqui, em 1848, para tomar posse da propriedade Alto do Espigão do Simão do Cangandu, adquirida por seu sogro, o capitão Amaro da Silva Valente de Macedo, Manoel André encontrou uma árvore frondosa e acolhedora, uma espécie de angico branco, chamada arapiraca.

De acordo com a tradição popular, ele teria acampado embaixo da referida árvore, situada à margem direita do Riacho Seco, onde teria dito: “Essa arapiraca, por enquanto, será a minha casa”. O lugar é considerado o primeiro marco histórico e o referencial da cidade. A uma distância de cerca de 100 metros da árvore, que originou o nome da cidade, Manoel André ergueu uma casa, que serviu de habitação para a sua família.

Desde a sua chegada, a história da cidade está entrelaçada à vinda de imigrantes, que foram acolhidos e enxergaram a oportunidade de recomeçar uma vida nova e com perspectiva de crescimento financeiro. E, junto a isso, fortalecimento dos vínculos afetivos.

No próximo dia 30 de outubro, Arapiraca completa 94 anos de sua Emancipação Política. E, se antes desse momento, já era conhecida como terra da prosperidade, mais tarde, o título passou a fazer referência ao seu potencial para o desenvolvimento econômico e social.

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Recomeço

Sobre recomeços e vínculos, há muitos exemplos de pessoas que construíram e constroem histórias na cidade. No bairro Primavera, o casal carioca, Marcos Paulo Araújo, 36, e Carolline Rodrigues, 32, escolheu apostar no potencial econômico do município.

Ele chegou primeiro em Arapiraca, há oito anos, quando veio do Rio de Janeiro, transferido da instituição financeira que trabalhava. Já Carolline, cursou odontologia, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), no campus Maceió, onde se formou em 2010, ano que mudou para São Paulo e fez especializações nas áreas de ortodontia e endodontia.

Há cinco anos, com Marcos morando em Arapiraca, o casal enxergou a possibilidade de crescimento profissional com a abertura de um negócio na área de formação da Carolline, que também mudou para o município e, juntos, inauguraram a primeira clínica odontológica, no bairro Primavera.

Oportunidade

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Para Marcos Paulo, o fato do bairro, com cerca de 30 mil habitantes, não possuir um empreendimento no segmento foi um tipo de alerta para o casal, que optou em investir no negócio. “Começamos com uma casa alugada e hoje temos o nosso próprio prédio. A clientela aumentou e atualmente atendemos pacientes, não somente do bairro ou da cidade, mas de outros municípios. Nós acreditamos no potencial de Arapiraca e na sua localização geográfica privilegiada e já trabalhamos para implantar novos serviços da clínica”, destacou.

Para a dentista, que já planeja ampliar a área de atuação, com nova especialidade e parceria com mais profissionais, a expectativa também é de crescimento do negócio. “Aqui, eu encontrei muitas portas abertas na minha área de atuação. Além da oportunidade profissional, a questão afetiva é o alicerce da nossa história e que sustenta o vínculo com Arapiraca”, declarou.

As histórias de Manoel André, do casal Marcos e Carolline, e de tantas outras pessoas que escolheram Arapiraca para morar, estabelecer laços afetivos e comerciais, refletem uma cidade em pleno crescimento. Do apogeu do fumo a sua decadência, da consolidação do seu potencial comercial e industrial, além do fortalecimento da agricultura familiar, através da produção de novas culturas, o município sempre foi referência por sua localização estratégica e vocação para acolher e promover desenvolvimento econômico, referência para o estado de Alagoas e o Brasil.

(Fotos: Samuel Alves)