“Acesso ao Sistema Braille” é tema de curso promovido pelo Município

O dia começou diferente para os participantes da cerimônia de abertura dos cursos  “Acesso ao Sistema Braille” e “Dificuldades de aprendizagens acadêmicas e comportamentais”, evento promovido  pela Prefeitura de Arapiraca, através da Secretaria Municipal de Educação e Esporte.

Logo na entrada da Escola de Belas Artes, os participantes – coordenadores escolares, professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e cursistas –  foram convidados a viver uma experiência nova, onde uma equipe do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE), os recepcionou, colocando vendas nos olhos e os guiando até o auditório do local. No meio do caminho, alguns obstáculos naturais do percurso, a exemplo de escada, rampa e corredor.

A proposta da dinâmica, intitulada “Sentindo na pele”, segundo Sandra Maria Cazuza, supervisora Municipal da Educação Especial, foi apresentar uma nova perspectiva, a de como o deficiente visual se sente.   “A ideia de iniciar o momento com essa dinâmica foi a de provocar o despertar das sensações nos participantes”, explicou.

Entre os que participaram da experiência, a secretária Municipal de Educação e Esporte, Mônica Leônia. Ela, a exemplo dos demais participantes, foi surpreendida positivamente com a atividade. “Uma excelente maneira de iniciar esse importante momento dedicado à educação inclusiva no município. A dinâmica possibilitou uma experiência que nos aproximou da realidade da pessoa cega”, destacou a secretária.

A dinâmica foi além da experiência de caminhar com a  venda nos olhos. Os participantes permaneceram no auditório e lá acompanharam apresentação musical, com a professora Janaina Félix, deficiente visual. A primeira canção, com olhos vendados; a segunda, sem a venda.  “Despertar o sentimento da empatia deve ser um exercício de todos. O colocar-se no lugar do outro, entender como ele  se sente”, afirmou a professora.

Antônio Tenório, inscrito no curso, disse estar feliz em participar gratuitamente da turma de Braille. Ele já conhece o trabalho desenvolvido pelo CAEE, deficiente auditivo, é um dos beneficiados com programa de inclusão social do Município. “Hoje, eu sou deficiente auditivo, mas posso vir a ter problemas visuais. Além disso, com o curso eu aprendo e também posso ajudar a outras pessoas com deficiência”, declarou. Durante o evento, Antônio contou com a assistência da intérprete Aline Karina Barbosa.

Dentro da programação do dia, palestra motivacional com a psicóloga Josefa Valdenice Guimarães, que ministrou o tema “Contribuições da psicologia no processo de aprendizagem  de pessoas com deficiência. “Eu preciso compreender para ajudar”. A frase de Girley Araújo Lima, diretora do CAEE, expressa o compromisso da Administração Municipal com a educação inclusiva.