3 de julho de 2017

Turistas visitam Arapiraca pela 1ª vez e se encantam com o São João

IMG_5813

Professor de SP prova bolo de milho e rapadura durante os festejos (Foto: Samuel Alves)

A chama do São João parece nunca se apagar após a passagem do mês de junho. Aos poucos, ela vai ficando mais alta porque a saudade logo bate.

E esse é um dos sentimentos mistos que invadem o coração de quem pouco conhece o festejo e esteve pela primeira vez na cidade de Arapiraca.

É o caso de Roberto Becchi, de 35 anos, caminhoneiro do Paraná, visitando o Arraiá Centrá, no Mercado do Artesanato Margarida Gonçalves, bairro do Centro.

“Essa aqui é uma terra apaixonante, como tudo no Nordeste. A gente lá do Sul não tem ideia de como esse país é grande e plural. As pessoas acham que aqui só tem seca e miséria, mas o que vejo é um local culturalmente avançado e de uma riqueza espiritual muito grande. As pessoas aqui são muito unidas e humildes. Enxergam as outras como são e as ajudam por isso”, diz.

“Venho há 7 anos a trabalho para essa região e é a minha 1ª vez em Arapiraca. Estou encantado com esse São João e em conhecer esse cara aqui, o Afrísio Acácio, homenageado da festa desse ano”, completa ele, ao lado do mestre do acordeon.

Ele também se referiu à culinária local como ótima – não apenas a “comida típica”. “Vocês têm uma mão boa para a cozinha, viu?”, brinca o caminheiro.

luar5

Simone (de Maria Bonita) adorou voltar para sua cidade natal em pleno São João (Foto: Samuel Alves)

Já Simone da Rocha Triglio, de 33 anos, não voltava para o município havia um bom tempo. Ela estava fantasiada de “Maria Bonita” no Arraiá Luar do Sertão, no bairro Zélia Barbosa Rocha, imersa no clima festivo.

“Desde os 16 anos, eu não volto a Arapiraca. Estive morando em São Paulo, Santa Catarina, Canadá e Eslováquia, fazendo intercâmbios e me especializando em Nutrição e trabalhando em outras áreas. Larguei tudo e voltei para cá para estudar Filosofia e ficar mais perto da minha família e das minhas raízes. Retornar bem nessa época gostosa de São João só abre mais as possibilidades para mim. Eu amo tudo relacionado a esse período”, relata ela.

Outro que “pousou” pela 1ª vez em Arapiraca foi o jovem instrutor e professor de tênis de São Paulo, Adriano de Oliveira, de 28 anos.

“Esta é a minha ‘estreia’ no Nordeste, na verdade. Lá em São Paulo, há algumas festas características mais sem o pulsar daqui. Vocês encaram esses festejos para valer. É a Cultura se manifestando a olhos nus. Bom demais!”, coloca ele, dançando um forró com sua parceira Roselane Basílio, de 27 anos, que tem família na região.

O casal estava curtindo o Arraiá Gonzagão, no bairro Baixão, local onde Adriano provou o tão falado bolo de milho e a rapadura. O gostinho que ficou do “São João: Arapiraca Virou Xodó” foi o de querer voltar no ano que vem.

WhatsApp Image 2017-07-03 at 16.46.19

Caminhoneiro ancorou em Arapiraca e adorou conhecer o homenageado Afrísio Acácio (Foto: Breno Airan)