Vínculo animal: equoterapia será implantada na Adfima em maio

A relação homem-cavalo é antiga. Devido a este fato, talvez o envolvimento entre os dois seja tão direto.

Pensando na abordagem multidisciplinar com este animal em específico, com o apoio da Prefeitura, a Associação dos Deficientes Físicos e Mentais de Arapiraca (Adfima) está com um espaço reservado para a equoterapia, um método terapêutico e educacional que vem dando certo com pessoas com necessidades especiais.

Esta é uma iniciativa que visa a melhoria cognitiva e psicossocial dos usuários da Adfima. O local, situado na Rua São Roque no bairro Jardim Tropical, já conta com quatro cavalos e três éguas, todos adestrados.

Segundo o diretor da associação, Adriano Targino, o local ainda está em período de testes, mas já vai começar a operar no mês de maio.

“Desde novembro, estamos adiantando tudo por aqui para que o mais rápido possível esteja em plena atividade. Esse modelo terapêutico vai elevar a autoestima dos praticantes em relação ao contato com os animais e esperamos alcançar o público, a fim de cada vez mais o deficiente seja incluído na sociedade”, diz.

É o caso do empresário Rafael Oliveira, que perdeu a visão quatro anos atrás. Há outros sete, ele não subia em um cavalo. “A sensação é única. O cavalo é um animal que percebe bem as coisas ao seu redor”, coloca ele, que ficou cego por causa de uma infecção bacteriana.

Ele é um dos praticantes que se dispôs para a fase de testes no novo complexo da Adfima. Outro que também esteve nesta quinta-feira (31) no local, foi o pequeno Ricardo Jorge de Lima Filho, de 8 anos de idade.

“Desde os dois anos, faz equoterapia e temos visto um avanço tremendo quanto à postura dele e o seu envolvimento com os bichos. É um mundo de possibilidades para ele, que tem um déficit de equilíbrio”, explica a mãe, a advogada Jorgiana Feitosa. Ricardinho, como é mais conhecido, tem atrofia no cerebelo e ataxia.

Agora, contando com uma equipe técnica capacitada, o espaço vai apenas passar por este período de ajustes e triagem de usuários da Adfima, que hoje conta com mais de 400 pessoas sendo atendidas.